
Infelizmente a forma de fazer comunicação em Gravatá, agreste pernambucano, foi durante muitos anos infectada pelos aspectos políticos e partidários. A corrosão fez grandes comunicadores da cidade perderem a credibilidade por fabricarem em seus veículos de comunicação factoides que levaram diversas pessoas a cometerem erros.
Os profissionais da comunicação (jornalista, locutor, redator, operador, fotógrafo) podem ser leais ao político, mas eles precisam ser fidedignos com sua profissão. A fidelidade com a profissão edifica o bom profissional. É possível ter jornalismo com fidelidade nas informações, mas é preciso ter ‘independência’.
Muitos profissionais não encontram independência financeira porque estão diretamente ligados com o governamental, e suas cotas publicitárias lhe induzem a confeccionar informações sabidamente inverídicas em desfavor dos que se opõem. É mais fácil receber um patrocínio político pelo silêncio ou ataque, do que um patrocínio empresarial. Quando o jornalista, ou qualquer profissional que seja, conta com o apoio dos seus leitores, seguidores e o trade empresarial, logo ele encontrará a independência que precisa para trabalhar com liberdade.
Há uma diferença gritante entre ser fiel e leal. Fidelidade é uma obrigação que se presume de ‘acordo’ entre as partes, onde não há sentimentos. Profissionalmente falando, precisamos notificar com frieza qualquer informação que se jugue factual. Não pode haver sentimentos entre o jornalista e a notícia.
A lealdade está relacionada ao sentimental. Quando se é lealdade há propósito entre os elementos. “Lealdade é uma escolha” e ocorre de forma espontânea. Ninguém pode ser leal pelo dinheiro, pelas negociatas. Mas será que há reciprocidade na lealdade? Pois, quando somos leais, precisamos garantir proteção, defesa e respeito em todas as partes. Vai entender, mesmo sem concordar, porque o propósito é maior do que seu próprio desejo.