
A pele é o maior órgão do corpo humano e atua como uma barreira protetora contra as agressões externas. Ela também desempenha um papel crucial na autoestima e confiança das pessoas, sendo fundamental compreender como mantê-la saudável. Uma pesquisa encomendada pela TheraSkin, farmacêutica brasileira especialista em pele, ouviu mil pessoas, entre 18 e 59 anos, e identificou que 86% desse número têm problemas relacionados a ela.
No entanto, assim como cada indivíduo é único, as peles possuem características distintas e necessidades específicas. Brunna Brito, fisioterapeuta dermatofuncional da Clínica-Escola da UNINASSAU Petrolina, explica que o tipo não será sempre o mesmo, pois depende muito da fase da vida, idade, sexo, alimentação, psicológico e local no qual a pessoa está inserida.
1. Quais são os tipos de pele e como diferenciar cada um? Na anatomia e fisiologia da pele existe o manto hidrolipídico, assim como a presença de água e óleo. Por meio desse manto, é possível diferenciar os cinco tipos de pele: normal, seca, mista, oleosa e sensível. Já a água garante a hidratação e o óleo, a luminosidade. O conjunto desse fator, unido a outras células e substâncias, proporciona homeostase para a pele.
A pele normal é considerada a mais “equilibrada”, pois possui uma textura suave, poros pequenos e uma aparência saudável. Não é muito seca nem muito oleosa. Geralmente, tem uma quantidade adequada de água e lipídios. Ela tem um brilho natural e poucas imperfeições.
A pele seca é definida pela baixa presença de água, ressecamento e palidez presente na superfície. Em muitos casos, a pessoa sente coceira e ardência constantemente, podendo desenvolver as dermatites, doenças que sensibilizam a região.
A pele mista possui oleosidade na zona central da face, a chamada zona T (testa, nariz e queixo). Nas extremidades, é considerada como normal. Outro fator importante para classificar este tipo é a presença de cravos na região central do rosto, ou seja, há sebo (óleo) em locais específicos. Isso se estende também aos cabelos.
A pele oleosa tem a presença de sebo na zona central e nas extremidades. Ele é produzido em descontrole pelas glândulas sebáceas, tendo relação com os hormônios, a alimentação e os cuidados diários com a pele. O paciente está sempre “brilhando”, a maquiagem derrete e o protetor solar escorre, causando incomodo estético.
Na pele sensível há a presença de vermelhidão constante, além de estar sempre quente e ser mais delicada e reativa a fatores externos, como produtos químicos, mudanças climáticas e poluição. Esse tipo também está muito associado à rosácea, doença que deixa a pele vermelha, principalmente na região das bochechas. Em casos avançados, há o desenvolvimento de acne e feridas.
2. Quais são os cuidados necessários para manter cada tipo de pele saudável?
Um cuidado básico, mas que muitas pessoas acham que não precisa ou é desnecessário, é a hidratação. Todas as peles devem ser hidratadas, até mesmo a mista e oleosa. Vale lembrar que óleo não hidrata, o que garante isso é a água. É muito comum uma pele mista ser extremamente ressecada, por exemplo.
Outro cuidado primordial é a higienização. Dormir com a pele limpa garante a saúde dela. Utilizar um gel de limpeza – de preferência, líquido – é essencial, pois a mantém em equilíbrio e controla a oleosidade. O uso de hidratante e protetor solar também é fundamental. Atualmente, diferentes marcas já oferecem opções para todos os tipos.
3. Quais as consequências de não cuidar devidamente?
A principal consequência é a acne inflamatória, a famosa espinha. Além disso, há a presença de cravos, excesso de sebo, ressecamento, poros dilatados e envelhecimento precoce. Não é preciso comprar diversos produtos para cuidar da pele, pois o básico funciona. O importante é mantê-la limpa e saudável.