
Ganhar massa magra e perder gordura são os maiores desafios para quem frequenta academias de musculação. Muitos acabam recorrendo a dietas mirabolantes sem qualquer tipo de orientação profissional, as quais podem gerar consequências severas, como a falta de nutrientes necessários para a manutenção do organismo.
Assim, em busca de dietas com essas finalidades, tem se tornando mais comum entre os adeptos da musculação o bulking e cutting, apesar de serem mais populares entre profissionais de alto rendimento, conhecidos como fisiculturistas. Mas a pergunta é: o que são esses termos em inglês?
O bulking e o cutting nada mais são que estratégias diferentes para evoluir fisicamente e tudo depende do objetivo de quem busca. Durante o bulking, que traduzido é volume, o atleta tem um aporte calórico maior, ele consome mais calorias de qualidade, por meio de alimentos que o farão ganhar mais massa muscular. Nesse período, além de comer mais, o atleta também treina mais, a fim de atingir o superávit calórico e um corpo volumoso.
Já o cutting, que significa corte, é o inverso do bulking, é a redução calórica, o atleta entra em déficit calórico para perder a gordura que ele ganhou em excesso, e, assim, definir o corpo e ficar com a quantidade de massa magra desejada.
Ao longo do período de cada estratégia, o atleta também executa treinos específicos. É o que explica a educadora física e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Roberta Érika. “No bulking, o atleta tem mais aporte calórico, então ele tem mais energia para fazer um volume de treino com alta intensidade também. Já no cutting, como ele vai estar em déficit calórico, em restrição calórica, a gente faz treinos mais intensos, com volume diminuído, para que ele consiga finalizar esse treino, mas sem perder a intensidade”.
A professora ainda explica que é importante a presença do profissional de educação física para quem faz o bulking e o cutting. “No bulking, a gente tem treinos de alto volume, ou seja, demora muito tempo, a intensidade é muito alta, a carga é muito alta, então se você não souber dosar isso e respeitar os limites do atleta, ele pode se lesionar também; na fase de cutting, ele estará com menos energia, em déficit calórico, por isso, treinos devem ser dosados para que não sejam tão volumosos, ou seja, não sejam tão demorados, mas que também não perca a intensidade, não queremos que ele perca massa magra e sim gordura, por isso é importante o acompanhamento do profissional de educação física durante as fases”.
Em razão disso, é fundamental que as estratégias sejam feitas com a orientação do profissional de educação física em conjunto com um nutricionista esportivo, o qual irá prescrever um cardápio alimentar alinhado com todos os macronutrientes necessários para o objetivo do atleta, por meio do bulking ou do cutting.