
A medicina e a arte estão entrelaçadas há séculos. A prova disso é que grandes pintores já retrataram a profissão. Entre os grandes nomes está “Retrato de Dr. Gachet (1890), de Vincent Van Gogh (1853-1890), onde o pintor retratou a figura do seu psiquiatra, Paul Gachet. Essa relação entre o médico e o seu paciente também pode ser observada no quadro Ciência e Caridade (1897), de Pablo Picasso (1881-1973). Hoje, 18 de outubro, dia do médico, vamos contar um pouco dessas duas paixões na vida do médico geriatra, do Hospital dos Servidores do Estado (HSE), Marcos Holmes.
Ainda criança, ele já sabia que queria ser médico, mas já vivia entre os lápis de cores e as tintas. Durante a infância foi premiado na escola com uma pintura que trazia uma figura que era metade homem, metade animal. “Apesar de sempre desenhar, nunca pensei em outra profissão que não fosse na área de medicina”.
Preceptor dos residentes e médico geriatra do HSE, nas horas que está sem a bata, é entre as aquarelas que Marcos pode ser encontrado. Enquanto traça flores, objetos e lugares, ele nunca está sozinho, as músicas de mestres como Gilberto Gil e Caetano Veloso viram trilha sonora para suas artes. “É um momento que me desligo dos problemas. Se torna uma espécie de terapia. Limpo minha mente, me traz tranquilidade”.
O médico nunca expôs suas aquarelas. Mas uma pintura que fez da fachada do Hospital dos Servidores, chamou atenção do superintendente médico da instituição, João Paulo Segundo. Tanto que o gestor mandou fazer a imagem em um tamanho maior e a colocou em sua sala. “Pintei o hospital de outras cores. Nas minhas aquarelas tento fazer algo mais poético, mais leve”, explica Homes.
Entre as obras mais importantes ele cita uma sem pensar duas vezes: “a parede do quarto do meu filho”. O pequeno tem em seu quarto a reprodução de uma linda floresta e de animais selvagens que seu pai pintou com o mesmo cuidado que cuida diariamente de seus pacientes.
