
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou a jornalistas de veículos estrangeiros, na manhã desta quarta-feira (2/8), que deposita grande expectativa na Cúpula da Amazônia para definir, com os demais países que detêm parte da floresta, políticas comuns de desenvolvimento econômico sustentável, de proteção das fronteiras e de combate ao crime organizado. Segundo ele, o mundo precisa olhar para a cúpula como marco mais importante já realizado para debater a questão do clima.
Desde que foi assinado o Tratado de Cooperação Amazônica, há 45 anos, será a primeira vez que chefes de Estado de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela vão discutir em conjunto as questões da Amazônia. O encontro, que ocorrerá em Belém nos dias 8 e 9 de agosto, e do qual participam igualmente países com grandes reservas florestais das demais áreas tropicais do mundo, produzirá um documento conjunto para ser levado à COP-28, nos Emirados Árabes, em novembro, para discutir em âmbito global a preservação da floresta e temas correlatos, como o desenvolvimento sustentável, transição energética, biodiversidade e redução das desigualdades.
“Queremos preparar, pela primeira vez, um documento conjunto de todos os países que têm florestas para que a gente chegue unido na COP-28, nos Emirados Árabes, e possamos ter uma discussão séria com os países ricos, que desde 2009 prometeram liberação de 100 bilhões de dólares para criar um fundo de ajuda à manutenção da floresta e da preservação da diversidade.”.
“Queremos preparar, pela primeira vez, um documento conjunto de todos os países que têm florestas para que a gente chegue unido na COP-28, nos Emirados Árabes, e possamos ter uma discussão séria com os países ricos, que desde 2009 prometeram liberação de 100 bilhões de dólares para criar um fundo de ajuda à manutenção da floresta e da preservação da diversidade. Se tem sido dado, tem sido tão disperso porque ninguém tem notado. Vamos continuar cobrando. O mundo precisa não apenas admirar a Amazônia, mas ajudar a preservar e a fazer desenvolvimento na Amazônia”, disse, durante o café da manhã no Palácio do Planalto.

Na opinião do presidente brasileiro, para preservar a floresta é preciso levar em conta que as pessoas que vivem nela – só no Brasil são 28 milhões – precisam trabalhar, comer, vestir, ter acesso ao desenvolvimento. “Precisamos de recursos para criar a chamada indústria verde, algo que possa gerar emprego sem que você violente o ecossistema.