quinta-feira, 25 abril 2024

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Comunidades e instituições do Sertão do Pajeú assinam pacto para garantir desenvolvimento econômico e conservação da Caatinga

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Foto: Cláudio Gomes/divulgação

Desenvolver e conservar a Caatinga apoiando quem nela vive é possível. Por isso, representantes dos setores público, privado e da sociedade civil do Sertão do Pajeú estarão reunidos em Afogados da Ingazeira (PE) na manhã de quarta-feira, 6 de dezembro, para o lançamento de uma iniciativa inovadora: o Pacto Pajeú Sustentável. A proposta estabelece uma nova forma de dialogar sobre o desenvolvimento do território, apoiando os municípios na construção de compromissos pela produção sustentável, proteção da vegetação nativa e inclusão social. O programa é conduzido pela IDH e Fundação Laudes, que conta com a parceria da Diaconia e do WRI Brasil (World Resources Institute).

“Em julho, no aniversário de 114 anos de Afogados, assinamos uma Carta de Intenção  formalizando o apoio à construção desse compromisso. Agora, voltamos para oficializar o Pacto Pajeú Sustentável, um documento que representa um avanço significativo na criação de um modelo de gestão colaborativa de estratégias para impulsionar o desenvolvimento rural dos municípios. A ideia é tornar mais fácil a captação de recursos privados e estimular investimentos que realmente impactem positivamente, promovendo práticas sustentáveis de produção, que conservem e recuperem os recursos naturais, ao mesmo tempo que inclui socioeconomicamente as comunidades”, explica a supervisora de projetos da IDH, Grazielle Cardoso.

O Pacto Pajeú Sustentável está alicerçado em três pilares: Produzir, Proteger e Incluir e contém metas propostas e discutidas pelos parceiros. Na prática, é um acordo voluntário para que todos os parceiros pensem de forma estratégica no desenvolvimento econômico, social e com proteção dos recursos naturais. A parceria visa viabilizar, entre outras soluções, a implementação do Programa Colaborativo de Paisagem com Produção Regenerativa (RPLC) no semiárido brasileiro. 

Participam da assinatura do Pacto Pajeú Sustentável a Prefeitura de Afogados da Ingazeira, Assembleia Legislativa do Estado do Pernambuco, Associação Agroecológica do Pajeú (ASAP), Associação Agroecológica do Sertão do Pajeú (AASP), Sistema Integrado de Saneamento Rural do Pajeú (Sisar), Associação da Rede de Mulheres Produtoras do Alto Pajeú, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Urbano Sustentável de Afogados da Ingazeira (CMDRUS), Coordenadoria de Políticas para Mulheres de Afogados da Ingazeira, Casa da Mulher do Nordeste, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Afogados da Ingazeira, Sebrae, Diaconia e Ministério Público. 

RAÍZES DA CAATINGA

A Caatinga é um bioma 100% brasileiro que abriga mais de 2000 espécies de plantas e animais. É considerada uma reserva da biosfera, ou seja, uma área designada para combinar conservação ambiental, desenvolvimento humano e práticas produtivas sustentáveis. É também um dos biomas mais degradados do país, com mais da metade da área suscetível à desertificação, comprometendo o cultivo de culturas como o milho, o algodão e o feijão, além da escassez de água.

Conforme o IBGE, a Caatinga tem uma população de mais de 25 milhões de pessoas, com forte presença da agricultura familiar e mais da metade das propriedades agrícolas da região são pequenas, com cinco hectares ou menos. Esse contexto torna a região prioritária para o desenvolvimento de ações que apoiem uma produção econômica mais sustentável, que protejam a vegetação nativa e promovam a inclusão social.

O Programa Raízes da Caatinga – como ficou denominada toda essa estratégia, durante o processo de engajamento com os atores locais, concentra-se nos estados do Rio Grande do Norte, na região do Sertão do Apodi, na Paraíba, na região do Sertão do Cariri, e em Pernambuco, na região do Sertão do Pajeú.

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